Mauro Martiniano
Amor e poesia!
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QUE FAROFA!

Dia de domingo quase sempre é assim.  Pela manhã, Igreja…, água no quintal…, breve passada no supermercado para a compra da mistura do almoço…, e etc. E o almoço do domingo tem que ser diferente, senão não é almoço de domingo. Questão de tradição se servir algo “especial” na mesa dominical.

E naquela manhã de domingo não iria ser diferente. Após a Igreja, passaram no supermercado onde compraram os mantimentos necessários para aquele dia, e, como de costume também fizeram a feira da semana. Porém, com tantas coisas pra se lembrar de trazer daquele estabelecimento, ao chegarem em casa, perceberam que haviam se esquecido do principal – a mistura do almoço daquele domingo.

Mas tudo bem, essas coisas acontecem…, e como já se aproximava do horário do almoço, e àquelas horas normalmente o número de pessoas fazendo compra era muito grande, aliado a distância, não seria mais viável retornar ao supermercado. Para tanto, Ale, que, diga-se de passagem, se trata de uma excelente dona de casa e cozinheira de primeira, daquelas de causar inveja a qualquer Chef de Cozinha, providencialmente pediu para que Luís Fernando, seu marido, fosse até a padaria da esquina e comprasse um frango assado, pois o relógio já apontava meio-dia em ponto.

Luís Fernando, após um “sim meu amor”, saiu para buscar aquele tradicional frango assado que fica espetado e girando na quentura daquelas famosas “televisões de cachorro” nas manhãs de domingo em frente às padarias, porém antes que Luís Fernando ganhasse a calçada do outro lado da rua, Ale saiu na janela de sua casa e gritou para Luís:

− Amor, não vai se esquecer da farofa!…

No caminho, Luís Fernando se lembrou de que também havia se esquecido de comprar no supermercado a ração dos seus passarinhos, então aproveitou a saída para também trazer os “mantimentos” dos seus queridos canários.

Quando retornou com o frango assado e a ração, ao passar pela sala de estar, o telefone começou a tocar, e na pressa de atendê-lo, colocou rapidamente suas compras sobre a mesa da cozinha, voltando rapidamente para a sala a fim de atender ao telefone.

De repente, após alguns minutos, ouviu-se a voz de Ale, que gritava inconformada na cozinha:

− Luís Fernando, pode voltar na padaria e trazer outra farofa!!!

− Mas o que aconteceu Ale – perguntou Luís Fernando após ter “cortado” aquela ligação.

− Credo, que nojo!!! O Manoel te vendeu farofa estragada.  Acabei de experimentá-la e está horrível – dizia Ale com os lábios entortados de repugnância e ainda com uma pequena porção de farofa na boca e entre os dentes.

− Mas não é possível!  Eu ainda tive que esperar um pouco a farofa ficar pronta. Está tudo fresquinho, pois eu mesmo presenciei o funcionário do Seu Mané prepará-la – argumentava Luís Fernando.

− Ah, é! – indagou Ale. Então experimenta aqui e depois você me fala!

Luís Fernando, pacientemente e dando crédito à sua esposa, apanhou uma colher na gaveta do armário, próxima a pia da cozinha, para provar a farofa e confirmar o motivo da aversão de Ale.

Quando se aproximou com a colher em direção à farofa que Ale havia lhe mostrado e da qual tinha provado, Luís Fernando, com um disfarçado espírito de gozação e um discreto sorriso na face, falou:

− Meu amor, eu não acredito! Você comeu a ração dos canários!!!… A farofa é esta aqui próxima ao frango! Você não viu?…

Dito isso, sem graça e com mais nojo ainda, Ale correu até a torneira do tanque, na área de serviço, para cuspir e lavar a boca com bastante água, berrando:

− E por acaso, em cima da mesa da cozinha é lugar para se colocar a ração dos passarinhos?

E Luís Fernando, ainda com um discreto sorriso na face, respondeu:

− Ué…? Amor!  Como é que eu poderia adivinhar que você estava com essa fome toda e ia querer provar a farofa do frango antes do almoço, e, aliás, só larguei aí porque fui atender ao telefone que tocava sem parar.

Após esse incidente, há quem diga que Ale durante uma semana, quando falava, de vez em quando deixava emitir um pequenino assobio, parecido com o pio de um canário…

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