Mauro Martiniano
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ESTRANHA VISITA

Fizesse tempo bom ou tempo ruim, lá estava Milton, sempre disposto e preparado para a pescaria. Tinha um pesqueiro em sociedade com o Zé Alemão, onde todo final de semana, mais precisamente aos domingos, relaxavam-se da cidade grande e do estresse do dia-a-dia de trabalho, indo para o mato, na beira do rio pescar.

Num certo fim de semana seu parceiro de pescaria, o Zé Alemão e outros amigos de boteco os quais quase sempre eram convidados para a rotineira pescaria, devido a compromissos diversos, não puderam ir ao pesqueiro, deixando Milton sem companhia para aquele gostoso lazer.

No entanto quando acontecia isso, Milton não queria nem saber, e mesmo sem companhia ia sozinho mesmo. Logo pela manhã de domingo, já estava de pé pronto para a pescaria. Arrumava seus apetrechos de pesca, botava no porta-malas de seu corcel vermelho, ano 74, e partia para a estrada rumo ao pesqueiro.

E foi num desses dias em que Milton encontrando-se sozinho na beira do rio, lá por volta das quatro horas da tarde, mata fechada às suas costas, quando então o dia havia transcorrido normalmente e a pescaria tinha sido boa, apesar de já ter tido dias bem melhores que aquele, ouviu um barulho na mata, como se algum animal, e grande, estivesse “rasgando” as folhagens e galhos, e tudo mais o que encontrasse à sua frente, abrindo uma trilha “no peito”.

Milton de imediato parou com sua pescaria (com o susto e a curiosidade, não teve nem mais como continuar) e ficou olhando em direção de onde vinha aquele barulho, torcendo para que aquele “algo” não estivesse vindo em sua direção e tomasse outro rumo indo embora dali.

Infelizmente para Milton, nada disso aconteceu… O “rasgar” da mata soava mais forte e descia em direção ao pesqueiro, cada vez mais perto, e agora dava até para ouvir galhos e folhas secas, caídos ao chão, serem pisados, deixando Milton muito tenso, chegando a pensar que fosse uma onça, pois já tinha ouvido muita conversa de pescador que naquela mata costumava-se aparecer onça. Não restando alternativa, trêmulo, Milton passa a mão em um facão e sem desgrudar os olhos da direção de onde vinha aquele barulho, fica aguardando o animal em posição de defesa.

E o barulho continuava mais próximo.  Era como se fosse um trator tombando aquela mata. Mas o que seria???… Seria mesmo uma onça?… Justo hoje que Milton estava sozinho. E também se fosse uma onça de que adiantaria aquele facão?… Se a onça com sua força “rasgava” aquela mata, é porque estava com muita fome e tinha sentido cheiro de gente naquele pesqueiro. Portanto facilmente pularia sobre Milton, desprezaria o facão, e o arrastaria para o interior da mata no qual fatalmente faria sua refeição.

E aquele “ser” estava muito próximo, já se podia ver os galhos dos arbustos mexerem-se, as folhagens balançarem, os pássaros debandando-se… Quando de repente, eis que surge de dentro da mata aquele misterioso ser, não sem antes ainda quebrar um galho seco que se encontrava caído em diagonal, atrapalhando sua passagem, e que, ao se deparar com Milton, fica parado, olhando-o fixamente em seus olhos.

Era um homem de aproximadamente um metro e oitenta de altura, branco, forte, com imensas barbas e cabelos grisalhos. Trajava camiseta, tipo regata, e suas calças compridas, estavam arregaçadas até a altura das canelas, achando-se descalço e com as mãos vazias. Melhor para Milton, pois pelo menos não era uma onça como pensava, mas aquele homem estranho, de respiração ofegante, não falava nada e não tirava os olhos de Milton. Devia ser um andarilho, todo sujo e arranhado… Talvez pelo modo em que se deslocara para abrir caminho naquela mata… Parecia um eremita!

Milton, ainda com o facão em uma das mãos, tentou dialogar com o desconhecido. Ofereceu café…, cigarro…, água…, pão…, e até uns trocadinhos àquele estrondoso e assustador sujeito, porém aquele ser “pré-histórico” não respondia nada e continuava de pé, parado a poucos metros de Milton, ainda o olhando fixamente com olhos de surpresa.

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